sexta-feira, 5 de abril de 2013

Até que o GAME OVER nos Separe

Passo longe de ser chamada de gamer, na verdade eu posso mais ser chamada de gamer casual dado a minha paixão por vídeo game e RPG’s e não ser uma “praticante”. Vim até aqui escrever esse texto hoje porque ultimamente certo preconceito, vindo até mesmo pela parte de alguns dos meus familiares, tem me deixado um tanto quanto irritada e magoada. Resumidamente a coisa pode ser dividida em dois fatos:

Primeiro: Eu e meu namorado moramos relativamente longe o que faz com que em grande parte do tempo a gente fique na frente do computador para conversar, namorar e jogar. Resumindo essa ópera toda, esse é o jeito que encontramos para ficarmos perto um do outro quando sofremos com a distância que nos separa. Até ai tudo bem, o problema mesmo é ouvir minha mãe, meu irmão e mais umas dez pessoas querendo conspirar com o meu futuro e afirmando categoricamente que não sabem como vamos nos relacionar já que a gente acha que nossa vida é sempre um jogo... Algumas vezes eles chegam até mesmo a dizer que em nossa casa teremos dois computadores e que nossa comunicação SEMPRE será feita através deles, não importa o que aconteça e que vamos passar a vida toda pensando que estamos dentro de um jogo.

Segundo: Tenho ouvido comentários e mais comentários sobre o casamento de uma prima, onde na maioria das vezes vejo meus familiares reclamando que o fato dela e do marido gostarem de games e computadores significa que eles não fazem sexo e justamente por isso não terão filhos, que eles não sabem aproveitar a vida e o caramba a quatro.

Porra, desde quando ser gamer virou sinônimo de ser assexuado minha gente? Desde quando um relacionamento tem que girar em torno de relações sexuais?

Nós que gostamos de jogos, de computadores, de tecnologia também sabemos nos relacionar, da nossa maneira, mas sabemos e pelo menos posso falar por mim e afirmar que tenho uma vida sexualmente ativa que, aliás, vai muito bem obrigada e segundo me consta muito melhor do que a de muita gente por ai.

Desculpa ai galera, mas eu sou feliz desse jeito e quero continuar assim até que o GAME OVER nos separe e quem pensa que uma relação desse tipo nunca vai dar certo não passa de mais uma pessoa no planeta que é munida de mais um tipo de preconceito somado a boa e velha mania de querer tomar conta da vida dos outros. E venhamos e convenhamos... Esse é mais um daquele tipo de preconceito que entra na lista de estúpidos.

Conheço casais gamers que estão juntos há mais de dez anos e a única coisa que é realmente motivo de briga para eles é qual será o próximo jogo que vai ser comprado.

Agora me digam, qual é mesmo o real problema em um relacionamento onde ambas as partes se interessam por games?

Sinceramente posso dizer que não existe problema nenhum nisso, afinal de contas é uma diversão que o casal tem junto que pode ser comparada ao cineminha e restaurante que nossos pais, tios ou seja lá quem for acham que é o verdadeiro jeito de um casal se manter. O mundo mudou, os jovens mudaram e as tendências agora são outras e está chegando a hora das pessoas entenderem que mesmo que isso esteja acontecendo com uma pequena parcela de casais não tem nada de errado nessa escolha.

Depois de todo esse meu momento de desabafo digo para todos aqueles que acham que meu relacionamento ou de pessoas como eu nunca vai dar certo que não precisam se preocupar comigo, eu sei muito bem a diferença entre um jogo e a realidade, estou muito feliz, vou bem obrigada, não troco essa vida por nada e tenho certeza que não importa o quão estranho seja esse tipo de relacionamento diante dos olhos de outras pessoas, eu vou ser feliz e meu futuro ao lado do meu marido e dos meus filhos vai ser maravilhoso.



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